Consórcio ou financiamento: qual é mais vantajoso?
Conhecer cada modalidade pode ajudar na hora de decidir a forma como vai comprar um imóvel
Comprar um imóvel à vista é realidade distante da maioria dos brasileiros que desejam realizar o sonho da casa própria. Mas isso não inviabiliza a possibilidade de adquirir uma casa ou um apartamento. Existem outras formas para fazer o pagamento (consórcio, financiamento, permuta etc.) e é preciso analisar qual a melhor, levando em consideração as finanças da família.
O financiamento é um caminho já tradicional no Brasil. Porém existe ainda o consórcio. Em ambos os casos, o pagamento não é feito exclusivamente com dinheiro próprio e, justamente por isso, estão sujeitos a taxas e juros. Conhecer cada meio é importante para tomar a melhor decisão. Saiba quais as vantagens de cada um e qual é o melhor meio para comprar o imóvel.
O financiamento é um meio bastante conhecido dos brasileiros e pode ser encaixado em dois tipos de sistemas. O Sistema Financeiro de Habitação (SFH) é o mais comum por se enquadrar em uma faixa de valores na qual está a maior parcela das compras de imóveis.
Este tipo de financiamento pode chegar a 80% do valor total do imóvel, que deve custar até R$ 1,5 milhão. Além disso, neste caso, é possível usar o saldo do FGTS. “Este é o tipo de financiamento que, pela sua abrangência, atende a um público de diversas rendas por conta do valor dos imóveis que se enquadram nele e que está comprando o primeiro imóvel”, ressalta Antônio Pessoa, economista e professor do UniFBV.
Outro sistema que pode ser adotado é o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que engloba todos os imóveis que não se encaixam no SFH, como os com valores acima de R$ 1,5 milhão, que sejam comerciais ou estejam nas zonas rurais. É uma modalidade que atende mais ao mercado de luxo ou para investidores.
Neste caso, não é possível usar recursos do FGTS para o financiamento. Vale ressaltar que cada tipo utiliza recursos diferentes e faz com que haja diferença entre eles, sendo o SFH mais barato do que o SFI. “No primeiro, os recursos são da poupança e do FGTS, que são mais baratos e resultam em taxas de juros mais baixas.
Enquanto o SFI vem de recursos de operações de mercado de capitais, que são mais caros e terminam tendo juros mais altos”, diferencia Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP).
Já o consórcio também é apontado como uma possibilidade e, através dele, não há juros. O valor determinado é o que será pago. Porém, existe uma taxa a ser paga para a empresa que administra o serviço. Com ele, haverá um grupo com pessoas que têm o mesmo interesse: comprar um imóvel.
Para fazer parte, é preciso comprar uma cota e pagar a mensalidade. O dinheiro é liberado através de sorteios ou lances, ou seja, a pessoa está sujeita à sorte ou precisar ter um valor alto para dar um lance e conseguir ser contemplado mais rapidamente.
No final das contas, vale a pena colocar na balança todos os pontos para avaliar qual sai mais vantajoso na hora de comprar o imóvel. “O consórcio depende de um lance ou de um sorteio e isso é sempre muito incerto, a pessoa não sabe quando vai ter o imóvel.
Já com o financiamento, a pessoa sabe que vai ter a casa ou o apartamento na hora. Além disso, o consórcio não tem juros, mas tem taxa de administração anual que pode chegar a até 20% do valor, ou seja, paga junto com as prestações de forma diluída”, ressalta José Augusto Viana, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP).
Via: Zap Imoveis